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Presidente chinês discute com Putin situação no Afeganistão

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ASTANA,KAZAKHSTAN - JUNE,8 (RUSSIA OUT) Russian President Vladmir Putin (R) greets Chinese President Xi Jinping (L) during their meeting in Astana, Kazakhstan, June,8,2017. Vladimir Putin and Xi Jinping have arrived to Astana to attend the Shanghai Cooperation Organisation (SCO) Summit. (Photo by Mikhail Svetlov/Getty Images)

O presidente chinês  Xi Jinping  realizou uma videoconferência com o chefe da Rússia,  Vladimir Putin , nesta quarta-feira (25), para discutir a situação no  Afeganistão . Os líderes disseram que vão intensificar esforços para lidar com a crise e fortalecer a comunicação com a comunidade internacional.

Na ligação com Putin, o presidente da China teria ressaltado que respeita a soberania e independência do Afeganistão e, por este motivo, não deseja interferir nos assuntos internos do país. No entanto, ele não teria escondido os interesses de trabalhar em conjunto com o russo para impedir que “forças estrangeiras destruam” o país do Oriente Médio.

Entre os pontos em comum da união entre os presidentes está o combate ao terrorismo e o contrabando de drogas. Os líderes querem evitar que os riscos à segurança “se espalhem” no Afeganistão.

Além disso, Xi quer esforços para encorajar as facções no Afeganistão a construir uma estrutura política aberta e inclusiva que aconteceriam com consultas com os países.

Com isso, o país implementaria políticas internas e externas moderadas e prudentes para se afastar de todos os grupos terroristas, mantendo relações amigáveis ​​com o resto do mundo, sobretudo os países vizinhos.

Retirada do Afeganistão até 31 de agosto

A conversa aconteceu um dia após o encontro dos líderes do G7, uma organização com uma das maiores economias do mundo, como os Estados Unidos, Alemanha e o Reino Unido. China e Rússia não fazem parte do grupo sendo consideradas um contraponto na comunidade internacional

Na terça-feira (24), o presidente dos EUA, Joe Bieden,  se reuniu com líderes do G7 para debater sobre o futuro no Afeganistão . “Houve um forte acordo entre os líderes, tanto sobre a missão de evacuação em andamento quanto sobre a necessidade de coordenar nossa abordagem ao Afeganistão à medida que avançamos”, disse Biden.

Segundo o presidente norte-americano, os Estados Unidos “estão no ritmo” para retirar seus cidadãos e aliados do Afeganistão e “cumprir a missão” de evacuação até o dia 31 de agosto.

“Nós concordamos que vamos continuar numa cooperação para retirar as pessoas em segurança. Manteremos o prazo de 31 de agosto, mas quanto antes terminar melhor”, afirmou Biden.

Em coletiva de imprensa na mesma terça, representantes do Talibã declararam que o prazo do dia 31 de agosto é inflexível e disseram que se as tropas americanas permanecerem além da data, isso equivaleria a uma “violação clara” de seu acordo com os Estados Unidos.

China pede responsabilização dos EUA

Mais cedo na terça, o enviado da China às Nações Unidas disse que o exército dos Estados Unidos e os militares de outros parceiros da coalizão  deveriam ser responsabilizados por supostas violações de direitos  que cometeram no Afeganistão.

“Os EUA, Reino Unido, Austrália e outros países devem ser responsabilizados pela violação dos direitos humanos cometida por seus militares no Afeganistão e a evolução desta sessão atual deve cobrir essa questão”, disse o embaixador da China, Chen Xu, em uma sessão de emergência do Conselho de Direitos Humanos sobre a situação no Afeganistão.

Segundo o embaixador, os EUA e outro países realizaram intervenções militares que trouxe “grande sofrimento”.

“Sob a bandeira da democracia e dos direitos humanos, os EUA e outros países realizam intervenções militares em outros estados soberanos e impõem seu próprio modelo a países com história e cultura muito diferentes”, disse ele, dizendo que isso trouxe “grande sofrimento”.

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